quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Maite(m)-na, por favor!

Não sei se já tiveram a oportunidade de, num destes domingos portugueses (espanhóis, ingleses, argentinos e tudo o mais), contemplar uma das tiras geniais desta mui internacionalizada cartunista argentina, de seu nome Maitena. Eu, infelizmente, tenho vindo a repetir os meus encontros imediatos de terceiro grau com a artista a cada domingo passado e a cada Público lido.

Não querendo acumular mais raiva e ansiedade, com medo, aliás, terror de me transformar numa artista autodidacta maldizente de mulheres, resolvi partilhar a minha frustração de saber que esta é a única cartunista mulher, em Portugal, com um espaço editorial minimamente visível. De facto, não conheço e, sim, já tentei conhecer, mais nenhuma cartunista com expressão em publicações portuguesas. Dúvido que elas não existam, ainda que me tenha sentido numa caça aos gambuzinos, simplesmente não lhes é dado o mínimo crédito ou atenção, como seres humanos dotados de vagina que são. Esta coisa da vagina dá-nos alguns dissabores, não fosse termos orgãos sexuais internos e teríamos a visibilidade e credibilidade deveras incrementadas, passo os trocadilhos.

O que fazer, então, perante este eterno oximoro que é ser mulher e feminista no exercício de uma profissão? Despedirmo-nos, será? Ou é despirmo-nos? Já estou confusa no meio de tanta nudez e surdez frontal.

Ao que parece, este oximoro é mesmo insolúvel para Maitena, insolúvel e inútil - por quê ser uma profissional de sucesso feminista, quando posso ser uma machista profissional de sucesso? Assim, Maitena presenteia-nos, semanalmente, com os seus pequenos apontamentos de atenta observadora do universo masculino, sim, desta vez não me enganei. Ao que parece, é muito mais simples perpetuar os estereótipos incorrectos que os homens vêm exprimindo a respeito da mulheres, plasmando-os em tiras desenhadas como se de piadinhas geniais e inovadoras se tratassem.
Desta forma, tudo se torna mais simples, parece um bolo de cozedura instantânea, como diria ela – a nova arma da mulher moderna: vamos estupidificar-nos em massa e estupidificar as massas, sorvendo e regorgitando ainda mais testosterona para o mundo.


Para terminar cito e gloso uma frase que me apraz bastante – “I became a feminist as an alternative to becoming a masochist.”
A Maitena ficou-se pelo masoquismo, pena que não se tenha quedado pela auto-flagelação na privacidade de sua casa, cozinhando o jantar sempre a horas para o marido quiçá.

Veja do que Maitena é capaz: http://www.rocco.com.br/maitena6.htm#

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Eu sinto-me ultrajada!

Foto ao centro mas proveniente da Esquerda!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

et voilà.

criar é ingrato. quero dizer... poucas coisas conheço tão gratas e gratificantes, mas é que... o público é uma chatice. aquela frase parecida com "não negligencies o teu aspecto porque nunca se sabe com quem te podes cruzar" significa BE RECEPTIVE, camandro. e a outra do "não há mal que nunca acabe nem bem que dure para sempre" significa que nada, no fundo, há-de mudar muito. "chute mi" (em estrangeiro) significa "chute-me". molas no pipi é mais "lowlife, keep your pants on". e línguas de gajas seleccionadas pela agência de publicidade de chelas espetadas em garrafas de cerveja é um mero incentivo ao lesbianismo. o ultraje reside, na minha opinião, em pintar com esse aspecto todas as aspirantes pseudo-hetero-badalhocas. e não me obriguem a fundamentar nada agora nem a ser bem-educada, porque em pequenas brigas, daquelas caseiras, eu levanto a voz, parto coisas e esmago comida e assim. significa "ggrrrrrraaaAARrRGGHhH", uma expressão de contornos primitivos porque - guéce uót - vem do pré-histórico "blohrfg", que significa "foda-se".

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O penso


Venho por este meio instigar a acção do PENSOamento, focando precisamente o dito cujo e a sua homonomia familiar.

Ladys and Germes, o PENSO!

Segundo o Priberam:


do Lat. pensu


s. m.,
acto de pensar uma ferida;
curativo;
tratamento de crianças ou animais;
ração para o gado.


Procurando penso e não pensar, é isto que se nos surge.
Ora, a minha dúvida prende-se com todo o milagre da vida e a sua pré-para-a-São. Então interrogo-me:

O que é, no final de contas, o pipi no meio de tudo isto???


Será o penso higiénico um curativo? Se sim, é a vagina uma ferida aberta (umas vezes mais que outras!) que deambula, vida fora, na incerteza de uma gangrena que a qualquer momento se pode expandir? Assim, sem quê nem porquê?

Será que se reduz a pachacha a uma necrose tecidual cuja solução passa por um curativo?
Um tratamento de crianças e animais?
RAÇÃO PARA GADO????

AAAAAAARGH!

CA NOJICE!