terça-feira, 24 de julho de 2007

Eu sinto-me destrajada!

Se o tamanho da minha pila fosse proporcional à quantidade de seda na minha gravata...

quarta-feira, 18 de julho de 2007

O orgão social que era muito feio ou A chacina toca sempre duas vezes

Ainda que pouca gente esteja familiarizada, não só devido aos diferentes modos de vida como à geografia do ninho de cada um, o futebol de praia na Praia do Pedrogão (Leiria), a par dos festivais de verão onde circula tanta droga que se torna difícil descortinar seja o que for, é um dos eventos mais aguardados pela cãobada. Ora, este ano a organização está sob a responsabilidade de uma empresa muito conhecida e (mal) afamada dos leirienses e habitantes dos terrenos circundantes, a Leirisport, empresa camarária cujo capital é detido a cem por cento pelo Município de Leiria. As novidades deste ano são quatro, repartidas pelos dois géneros:

1. Masculino:
A inscrição tem a módica quantia de 150 € (!).

2. Feminino:

a) A inscrição custa esse número apoucado que são 80 €;

b) Existe um número limitado de 6 (importa realçar que, embora ignore o número de equipas permitidas no sector masculino, os anos transactos mostram que esse número se sustém entre as 20 e as 30 inscrições) equipas inscritas;

c) Os elementos do sexo feminino jogam no intervalo dos rapazes, isto é, horas de almoço (sim sim, franga grelhadinha!) e fim da tarde (21 h???).

Ora, eu cá não sei nada, tão pouco sou ateniense ou grega, sendo, assim, uma cidadã do mundo! Mas cheira-me que, além de estarmos perante uma falta incomensurável de bom senso, se está para aqui a violar qualquer coisita que, olha!!, está presente nessa tão sem-importância Constituição da República Portuguesa, que, estranha e absurdamente, é só a lei suprema a que estamos sujeitos e pela qual se rege o nosso Estado (que não é bem bem nosso ou eu já teria rifado a minha parte). Não sei, penso eu.

Pensasse eu, caso não tivesse mais nada para fazer, em levar este caso de pura misoginia e discriminação às malhas do tribunal, aquilo era julgamentozinho para durar uns bons três minutos, já que pouco há a alegar senão o ponto segundo do Artigo 13.º (Princípio da Igualdade) que diz:

Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Se se é discriminada por ter sexo, meus amigos!!, o problema é todo vosso! Ter tido uma relação de tal índole em 1987, não fará de vós mamíferos sexualmente activos e nem sequer seres cumpridores das mais básicas necessidades fisiológicas de que foi dotado o ser humano!
Mas tenho para mim que algo se passa aqui. Já não focando muito a avultada maquia necessária para um evento que, julgo eu, existe com o intuito de promover o desporto e manter minimamente limpos os organismos dos jovens.

E não, desta vez não nos prendemos com questões homofóbicas.

A minha primeira acção de rebelião será um telefonemazinho ao energúmeno responsável pela organização, espetando-lhe (as minhas aspas que actuem) no focinho meia-dúzia de coisinhas que metam palavras das quais eu não tenho muitas certezas mas que enriquecem todo um discurso e desorientam o analfabeto do atrasado do mentecapto do receptor.

Não me torrem a paciência!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Manifesto Anti Publicidade - Acto I

Ao deslocar-me pela cidade, na minha despreocupada condição de transeunte, tenho vindo a reparar nos mais recentes outdoors que a Super Bock mandou afixar. Com certeza que vós também haveis já reparado nestes singelos cartazes que proliferam por Lisboa e que parecem auto-reproduzir-se, quais fungos ou vírus indesejados.

Mostro, então, a obra de arte publicitária sobre a qual aqui gloso.

Advirto, desde já, que não sou médica ou curandeira e que me exprimo enquanto leiga nas questões da saúde. Todavia, não posso deixar de constatar que a mocita parece, de facto, padecer de alguma enfermidade. Ora, se não, como explicar os visíveis sintomas que passo a enumerar: a testa suada e rígida; a desproporção e inchaço do abdómene e caixa toráxica; a anormal coloração dos lábios e maçãs do rosto e, por fim, a postura curvada e assimétrica.
Deve ser à sua condição de enferma que se deve o uso do tratamento milenar chinês do cupping do fogo, isto é, o uso do vácuo para a sucção da pele da paciente através da aplicação de copos de vidro. A Super Bock fez uso de um método alternativo e aplicou uma garrafa de cerveja, talvez esteja em poupança de recursos face aos baixos lucros que tem obtido no mercado.
Recuso-me a acreditar que seja outro o motivo pelo qual esta jovem se encontra nestes preparos humilhantes e deduzo que terá sido a falta de meios para financiar o tratamento que a terá levado a expor-se desta vil maneira.

Não aceito qualquer acusação de exploração ou misoginia, apelo, aliás, a todos os médicos versados em Medicina Chinesa ou outras formas de cura alternativas que se voluntariem para tratar esta pobre e respeitável donzela.
Sugiro o recurso ao método da acupunctura, aplicado directamente no nervo óptico da senhora e dos responsáveis pela campanha, que terão sido, de igual modo, infectados. Espero, sinceramente, que umas agulhinhas nos olhos tratem todos os problemas que os perturbam e exprimo a minha solidariedade para com todos eles.

E, assim, declaro o início das hostilidades e incito à revolução e insurreição imediata contra a ditadura publicitária e, claro, contra os microrganismos indesejáveis.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Famílias em êxtase regozijam com esta criação!

Sejam muito bem-vindos ao sítio (que bem, nestas coisas da internet, do amaricano "site" ou "site" do francês, a doutrina diverge nesta matéria.) onde podeis descarregar toda a vossa raiva e indignação perante todos esses pequenos nadas dos dias, que nos lixam a vida! Ou então não.

Por muitos esperado, por outros tantos exigido, eis o blog que será, senão a maior, pelo menos, a menos redonda invenção depois da roda!

Finalmente teremos os ouvidos que a sociedade nos negou tantas vezes, para onde vomitar (no sentido figurativo, claro. que nós somos meninas que nem com perdigotos ousamos conspurcar o nosso fluído e rico discurso!) tudo aquilo que nos apoquenta e que não interessa minimamente aos comuns mortais... mas isso, é problema deles! Chegou a nossa hora [ainda não no sentido homicida da coisa mas, quem sabe, num futuro próximo.] e, agora numa invocação a esse grande marco do Direito do Ambiente, vamos pintar a blogosfera de... fucshia? Pode ser?... sei lá... acho fofinho. Acho feminino. Acho XUXU! Que seja. Ou então de todas as cores que vos aprouver, sim? Ok... para mim pode ser alternado com vermelho-sangue! Estou já de faquinha em riste, pronta para a chacina cibernautica. Ah pois é, bebé!

Venha de lá esse sarcasmo, venha de lá essa revolta e vamos dizer em coro, sem medos e sem pudores:

"EU SINTO-ME ULTRAJADA!" [ todos os direitos desta frase se encontram reservados.]

Glosai, irmãs, glosai!

E façam-me um favor: sejam felizes! :)


[Este blog é também uma homenagem, que já se impunha, a uma grande amiga que nunca, por nunca ser, se coibe de demonstrar quão ultrajada a vida, tantas vezes, a faz sentir! ;p ]