quinta-feira, 3 de julho de 2008

I love Manuela Ferreira Leite


Ainda a propósito da marcha e dos homossexuais - dEus nos livre e guarde - apraz-me muito saber de declarações de excelentíssimas figuras, mui apreciadas pela opinião pública e, de resto, vistas como quem vem salvar a oposição dos fétidos lençóis da anomia em que se tem rebolado.

Certas senhoras têm o bom gosto e o decoro de vir dizer que não senhora, não são contra as relações homossexuais... o que estas senhoras não defendem é o casamento homossexual!

Ah bom, isso então já é outra coisa. Pera lá que esta senhora afinal é uma grande maluca, uma visionária!, que vem salvar-nos da tacanhez, para não falar em hipocrisia, com que temos sido brindados neste nosso Portugal pela, tão distinta!, classe política [ok... e pelas outras classes também, mas vamos por partes.].

Parece que sim, que afinal haverá governo mais fracturante do que o meu, que será o governo que o PSD ivagina, liderado pela sua matriarca salvadora de partidos enlamaçados. Um governo que admite uma outra instituição que permita aos homossexuais uma espéciezita de união civil, mas não casamento, valha-nos dEus!
A Sra D. Manuela Ferreira Leite admite "que esteja a fazer uma discriminação porque é uma situação que não é igual". Tão fofa... Quem confessa a verdade não merece castigo, diz o povo. E eu pergunto: então e quem manipula a verdade? Quem conta meias verdades? Quem toma por dogmas verdades inabaláveis que são mentiras descaradas provenientes de cabeças pouco oleadas que ficaram paradas algures no tempo em que o saudoso político foi assasssinado pela peça de mobiliário... ou terá sido antes?
Mas é que o casamento é, segundo diz esta querida, uma instituição encarada pela sociedade [ou pensavam que era ela a limitada?] como a união entre duas pessoas com fins procriativos.
Ahhhhhhhhh, então é isso!!

Pois então, na vanguarda da defesa do casamento, proponho desde já que se façam testes a todos aqueles que pretendem contrair matrimónio [da estirpe heterossexual, claro está, que a outra só em Espanha é que se apanha] para saber se são, de facto, ferteis, pois que de outra forma não vale a pena casarem. E mais, proponho uma alteração ao nosso estimado e laico Código Civil para passe a ser considerado inexistente o casamento celebrado entre estéreis. [Ah, e nada de casamento depois da menopausa, ok? invistam no sexo casual se quiserem!]
Meus senhores, o que vos peço é coerência. Ou então ganhem vergonha na cara.
Tenho ideia de que tinha desabafos para fazer... mas não é que já me sinto, subitamente, aliviada?! Isto há com cada uma...